quinta-feira, 29 de abril de 2010

Dor da ausência da dor

A inquietude do corpo não pode ser calada
afunda a alma no abismo da falta
do que não se dá a conhecer
do que não se pode saber
Com a completude da busca findada
ficou apenas a solidão, o vazio, a ausência
a perda veio com a vitória
ficou o eu do absudo num mundo mudo.
Uma vida na plenitude não é vida,
só é vida se for roubada,
intensamente sonhada.
No arrepio da música que paira no ar,
na poesia, na rima, no verso,
no não se importar.
No escuro, na luz baixa, na boemia, na alegria
Ousar tudo,
até mesmo sentir a dor da ausência da dor,
sem qualquer pudor,
lembrar do ardor uma vez sentido.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Joguei ao mar, na imensidão do ar,
as dores, os sonhos
tudo justo aonde refletiu o luar.
No constante por vir do infinito,
o pleno tornou-se pó, vazio e infecundo,
na impaciente espera do prometido.

Para Samira, Betina e Moka.