sábado, 16 de outubro de 2010

O riso do samba

Ao evocar o riso para desestabilizar o instituído, Herrera também nos contou que a violência cultural não pode ser simplificada aos atos de dominação do colonizador, mas também ao próprio naturismo exaltado do colonizado. Esquecida a luta por condições materiais e imateriais o sensualismo torna-se uma busca ingênua da diferença pura, que serve para, em sentido oposto, reafirmar a superioridade do colonizador. Por isso a relevância de movimentos culturais como a antopofagia de Oswald de Andrade ou o movimento contracultural Tropicália. Não se rompe com a bossa tradicional. Ela é fecundida de jazz. O tradicional une-se ao experimento. Talvez por isso, em uma constante antropofagia, samba ainda vai nascer...

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