domingo, 30 de maio de 2010

(pintura de Ismael Nery)



Chove chuva

de novo o novo

que vem e lava

a voz d'um povo


E o passado a ser sempre relembrado

vivido para não ser esquecido

não é dever

só para não perecer

O verde retumbava

no pano que flamejava

e o sangue que passou

com o tempo amarelou


Sob o signo da ordem se amou

vigiou

puniu tudo o que partiu

exilou

no outro

em si

as idéias

tudo o que se desejou

um novo lar ainda não encontrou





(28.05 - açores)








2 comentários:

  1. Muito jóia, esse seu blog tão Sorbone, que lembra mais o clima de O Sol também se levanta, do Hemingway, do que o Tratado do Clauss Roxin... parece que a boa dogmática perdeu mais uma para a boa crítica. Fazer o quê? Ninguém sai impune da Federal...

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  2. Sandro querido! teus comentários são sempre os mais espirituosos! Depois da banca de 4.. agora tem o café triplo! risos!

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